Um homem qualquer, sentado no café habitual, fuma e observa. O homem tece a sua cortina de fumo. A cidade vai e vem através da montra do café. Por momentos a película de vidro e a pele deixam de ser fronteira e a vida confunde-se. Põe-se à solta um mecanismo de associações entre o homem e a cidade, criando uma nova arquitetura de observações, memórias e desejos. Nesta teia de circuitos imponderáveis estala uma possibilidade de ruptura. Deste momento anónimo e deste homem calado restará apenas uma brevíssima marca.